O tema é mais do que uma celebração: é uma afirmação política, poética e ancestral de que não há transformação real sem o protagonismo das mulheres negras. Movemos o mundo porque sustentamos comunidades, criamos alternativas em cenários de crise, fazemos da escassez, potência e, sem romantizar, incidimos politicamente para a mudança, em luta contínua. Este tema convida o mundo a reconhecer esse impacto. Em um mundo em crise, as mulheres negras oferecem saídas. Somos a própria travessia.

Inspirada em cosmologias negras e indígenas, refletiu sobre novos paradigmas éticos e civilizatórios pautados em sustentabilidade, justiça, liberdade, cuidado e ampliação de direitos.

Afinal, o que é ascensão? O que é preciso para ascender? Mobilidade social e econômica? Conexão ancestral? Espiritualidade? Destravar memórias de sucesso e ocupar novos espaços? Transformar vidas? Esses foram alguns dos motes de discussão dessa edição.

O tema se manifestou como um chamado para reconhecer, reivindicar e visibilizar a história do povo negro e a sua contribuição para a humanidade. Ao mesmo tempo, denunciou o projeto de supremacia racial que esses nega legados.

A edição abordou a invisibilidade das mulheres negras na mídia e a importância de narrativas mais plurais e políticas públicas. Comunicadoras negras foram reconhecidas como protagonistas na construção de novos imaginários sociais.

O tema reafirmou o papel das mestras e mestres griôs como pilares da preservação cultural e agentes de transformação social nas comunidades negras em África e na diáspora.

A edição abordou os impactos do racismo na vida da juventude negra, cobrando respostas a demandas históricas e políticas públicas. Também destacou talentos e potências nos palcos.

Destacou a importância da autodeclaração para pessoas negras e da produção de dados desagregados por raça e gênero para a construção de políticas públicas eficazes e enfrentamento às desigualdades históricas.

Primeira edição, focada na realização de festas e apresentações musicais.